sábado, agosto 28, 2010

O sábado na vida de um músico profissional

Milagres e Milhões - Igreja Mundial do Poder de Deus

Alto, negro, extrovertido, de fala rouca cheia de erros de português e forte sotaque mineiro, Valdemiro, de 46 anos, é o criador, líder absoluto e autoproclamado “apóstolo” da Igreja Mundial do Poder de Deus. Caçula entre as neopentecostais, a igreja foi fundada em 1998, em Sorocaba, interior de São Paulo. Mineiro de Palma, região de Juiz de Fora, Valdemiro gosta de se definir como “homem do mato” ou “um simples comedor de angu”. Na pregação diária de bispos e pastores e no boca a boca de milhares de fiéis, é reverenciado como milagreiro. Além de afirmar ressuscitar os mortos, cultiva a fama de curar de aids, câncer, cegueira, surdez, tuberculose, hanseníase, paralisia, alergias, coceiras e dores em qualquer parte do corpo e da alma. Num domingo com três cultos, Valdemiro chega a apresentar mais de 30 testemunhos de cura.
Dissidência da Igreja Universal do Reino de Deus, a Mundial é a menos organizada das evangélicas. Seus templos têm instalações precárias. A pregação é classificada por alguns como “primitiva”. Há gritos, choros e performances espalhafatosas. Até suas publicações são visivelmente mais pobres que as das concorrentes. Apesar de fazer quase tudo no improviso, a Mundial já é considerada o maior fenômeno religioso do Brasil desde a criação da Igreja Universal, em 1977, sob a liderança do bispo Edir Macedo. Mais que isso, a Mundial começa a se firmar como ameaça ao império que a Universal ergueu no campo das neopentecostais.

Carismático, intuitivo, meio desafiador, meio fanfarrão, Valdemiro comanda uma estrutura que, de acordo com números da igreja, reúne 2.350 templos, cerca de 4.500 pastores e tem sedes em mais 12 países. Só em aluguéis de imóveis para cultos a Mundial gasta R$ 12 milhões por mês, segundo estima o diretor de compras da igreja, Mateus Oliveira, sobrinho de Valdemiro. Em número de templos, a Mundial superou duas de suas três concorrentes neopentecostais: a Internacional da Graça, do missionário R.R. Soares, e a Renascer, do casal Estevam e Sônia Hernandes. Nos últimos dois anos, a Mundial praticamente multiplicou por dez seu tamanho (em 2008, eram 250 templos). Mantido o atual ritmo de crescimento, ela ultrapassaria a Universal até 2012. A igreja de Edir Macedo afirma ter 5.200 templos e 10 mil pastores.

Uma característica nova na expansão da Mundial está naquilo que o sociólogo Ricardo Mariano, estudioso de religião na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, chama de “pescar no próprio aquário evangélico”. Estudos sugerem que a maior parte dos seguidores da Mundial veio de outras neopentecostais, principalmente da Universal. Poucos eram do meio católico, tradicional fornecedor de fiéis para denominações evangélicas. “Calculo que mais de 50% dos membros da Mundial saíram da Universal, uns 30% da Internacional da Graça e o resto das demais evangélicas ou outras religiões”, diz Paulo Romeiro, professor de teologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie e autor de um livro sobre a igreja.

Na cúpula da Mundial, a presença de ex-membros da Universal é expressiva. Estima-se que 90% dos bispos e até 80% dos pastores tenham sido formados por Edir Macedo. O próprio Valdemiro tem origem na Universal, onde atuou por 18 anos. O apetite com que a Mundial avança sobre a Universal aparece até na distribuição geográfica dos templos. Valdemiro tem predileção por instalar igrejas em imóveis que já foram ocupados pela Universal.

Além dos “livramentos”, a Mundial ostenta ainda outras três distinções em relação às concorrentes. A principal é a ênfase na cura. Diferentemente da Universal, que cresceu preconizando o exorcismo, ou da Renascer, que concentra o foco na prosperidade, a Mundial promete soluções divinas para doenças terrenas.

Outra característica que distingue a Mundial é a sacralização do suor. A cada culto, Valdemiro passa quase três horas no altar. Ali, ele grita, canta, ri, chora, pula, se ajoelha e sua. Sobretudo sua. Quando a reunião termina, seu suor é disputado pelos fiéis.

O terceiro elemento distintivo da Mundial é a composição de uma cúpula majoritariamente negra. Os bispos Josivaldo Batista, o segundo na hierarquia, e Roberto Damásio, o terceiro, também são negros.
Como outras igrejas neopentecostais, a Mundial também não se acanha em pedir ofertas. Apesar do perfil pobre do público, os pregadores não hesitam em estabelecer valores altos para as contribuições. Valdemiro já pediu até 30% da renda do fiel, o que foi batizado de “trízimo” : “Você vai dizer para Deus o seguinte: ‘Senhor, 70% de tudo o que o Senhor me der neste mês é meu. E 30% são da sua obra’”, disse. Depois, associou o “30” à “Santíssima Trindade”.
A nova ambição de Valdemiro é política. Seguindo a tendência de outras igrejas, ele quer criar sua própria bancada em Brasília e eleger um representante seu em cada Assembleia Legislativa do país.

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É racional crer na criação recente em seis dias?

Antes de responder à questão de saber se é razoável ou racional acreditar em uma criação recente em seis dias, é importante definir os seus elementos fundamentais: “razoável” e “criação recente em seis dias.” Enquanto a ciência tem sido associada à “razão” e, portanto, espera-se que seja razoável, o criacionismo tem sido associado por muitos à “fé” e, portanto, parece ser incompatível com qualquer coisa “razoável”.1

Mas a fé bíblica, nesse caso a fé na criação, é “razoável”, no sentido de que não é mítica e/ou irracional, pelo contrário, apresenta histórica (a Bíblia também é um documento histórico), natural e sensível evidências para suas alegações. Embora seja verdade que a Bíblia não é um documento científico moderno da criação, ainda assim se espera que aceitemos pela fé o seu registro (Hebreus 11:3, 6). Contudo, não se espera que exerçamos fé cega ou simplista.2 Pelo contrário, a Bíblia oferece estrutura e argumentos para que a fé seja convincente acerca da veracidade cosmológica e histórica de eventos e elementos apresentados biblicamente. Leonard Brand e David Jarnes resumem as evidências judaico-cristãs para a razoabilidade das Escrituras, ao enumerar: (1) o cumprimento histórico das profecias bíblicas/previsões; (2) o apoio arqueológico para as históricas localizações bíblicas, pessoas ou acontecimentos; (3) os regulamentos mosaicos de saúde que diferem radicalmente dos do Egito, apontando para uma revelação sobrenatural. As três fontes bíblicas de evidências são experimentáveis e assim reforçam nossa visão da Bíblia como sendo razoável. Fato comprovado também em relatos das Escrituras que não são experimentáveis – característica que se deve não ao caráter pré-científico da Bíblia, mas às limitações da ciência.3

Justo Gonzalez definiu “criacionismo” como “a resposta de alguns cristãos conservadores para a teoria da evolução, que eles veem como uma ameaça para a doutrina cristã da criação… Segundo os criacionistas, a história bíblica da criação… é cientificamente defensável, e há uma diferença abissal entre a doutrina cristã da criação e a teoria científica da evolução”.4 Uma forma de criacionismo – “criacionismo recente em seis dias” – enfatiza que a vida e a organização deste planeta se originou sobrenaturalmente em seis dias, e mais recentemente (em vez de alguns milhares de milhões de anos atrás).5 Assim, ao assumir que a Terra poderia ter sido criada em um momento anterior (antes de Gênesis 1:2), evita tomar partido pelo criacionismo da Terra recém-criada, que insiste que o próprio planeta, se não todo o Universo, tem cerca de 6.000 anos de idade. Evita também defender qualquer lacuna entre Gênesis 1:1 e 1:2,6 ou a “teoria do intervalo”, que insere uma descrição especulativa do que poderia ter acontecido no intervalo entre os eventos de Gênesis 1:1 e 1:2.7

Dessa forma, é razoável considerar a criação recente em seis dias? Acreditamos que sim, por uma série de razões. As três primeiras evidências serão persuasivas principalmente para aqueles que já acreditam na Bíblia, enquanto que as outras podem ser mais pertinentes para os que ainda não acreditam.

Evidências de estudos bíblico-teológicos
1. O criacionismo recente em seis dias é razoável, da mesma forma e com a mesma intensidade em que a fé na Bíblia é razoável. É razoável acreditar no caráter histórico, não-mítico, factual do relato da criação, pois é razoável acreditar em outros relatos bíblicos, como os relatos da encarnação, ressurreição, ascensão e promessa da segunda vinda de Cristo.8

Em outras palavras, o criacionismo recente em seis dias é uma questão de fé, mas uma fé apoiada em evidências. O evolucionismo naturalista é também, em última análise, edificado em pressupostos filosóficos (como a eternidade da matéria/energia, biogênese, absoluto uniformitarianismo e naturalismo reducionista). Assim, ele também procura por evidências para comprovar a sua razoabilidade. Por conseguinte, um aspecto importante dessa discussão sobre razoabilidade diz respeito ao grau de autoridade que deve ser dado para os fundamentos do evolucionismo e criacionismo, respectivamente. São os pressupostos e/ou conclusões dos cientistas evolucionistas mais confiáveis do que as Escrituras? Brand e Jarnes, tendo descrito a relatividade das teorias científicas, por um lado, e a razoabilidade da fé na Bíblia, por outro, concluem que “se o naturalismo é falso e se Deus realmente se comunicava com os escritores da Bíblia, teríamos razões para acreditarmos que é mais digno de confiança do que as autoridades humanas”.9

2. Há uma conexão entre uma interpretação direta da descrição da criação de Gênesis e a data de criação apresentada. Richard Davidson argumenta convincentemente que o relato bíblico da criação aponta claramente para um registro literal e histórico dos eventos descritos, o que implica em um curto processo de criação abrangendo apenas seis dias de 24 horas. Ele mostra que mesmo os estudiosos histórico-críticos mais cautelosos têm insistido que o autor de Gênesis pretendeu que seus leitores compreendessem todo o processo de criação da vida na Terra durante esse período. A história da criação não apresenta qualquer sinal de linguagem alegórica ou mitológica e, portanto, não permite a interpretação de um dia para uma semana da criação.10 Também o quarto mandamento do Decálogo (Êxodo 20:8-11) supõe a criação em dias literais de 24 horas, ligando intimamente a celebração do sábado (e sua legitimidade) com a nova semana.11 Dessa maneira, qualquer tentativa de conciliar a criação com uma visão da evolução com base em uma longa história de vida na Terra, como a evolução teísta e criacionismo da velha Terra (a criação progressiva), está em desacordo com a clara intenção da Escritura.12

A extensão da história da vida na Terra, para se adequar com a evolução teísta ou com o criacionismo da velha Terra, é baseada no pressuposto de que as genealogias de Gênesis são simbólicas ou representativas. BB Warfield definiu as bases para essa abordagem, argumentando que podemos confiar em certa medida nas genealogias bíblicas que começam com Abraão, uma vez que temos informações adicionais além dessas genealogias, mas que não podemos fazê-lo com as genealogias anteriores, porque “somos dependentes inteiramente das inferências extraídas das genealogias registradas no quinto e décimo primeiro capítulos de Gênesis. E se as genealogias das Escrituras fornecerem uma base não sólida para inferências cronológicas é claro que ficamos sem os dados das Escrituras para a formação de uma estimativa da duração desses períodos”. Aplicando o estilo de genealogias de Mateus e de Lucas para as genealogias em Gênesis 5 e 11, Warfield explicou que “não há razão inerente à natureza das genealogias das Escrituras porque uma genealogia que registrou ligações… pode não representar um retrocesso efetivo de cem ou mil ou dez mil ligações”.13 Em oposição a isso, Davidson argumenta conclusivamente que as genealogias de Gênesis 5 e 11 contêm duas características especiais que fazem um esforço extra para provar o contrário, isto é, “que não existem lacunas individuais entre os patriarcas mencionados: (1) “características únicas de integração” do texto (“Um patriarca viveu X anos então, gerou um filho, depois que gerou esse filho, ele viveu mais Y anos, e gerou mais filhos e filhas, e todos os anos deste patriarca foram Z anos”) tornam “impossível argumentar que há importantes lacunas geracionais”, e (2) ao contrário de outras genealogias bíblicas que usam a forma Qal “gerou”, a forma Hiphil (yalad) é utilizada, a qual “é a especial forma causal que em outros lugares no VT refere-se à real descendência físico-direta, ou seja, o pai biológico da relação pai-filho (Gênesis 6:10; Juízes 11:1; 1 8:9 Crônicas; 14:3; 2 Crônicas 11:21; 13: 21; 24:3).”14 Portanto, essas genealogias bíblicas excluem a extensa história de vida tão necessária para aqueles que querem conciliar a Bíblia com a evolução, e representam uma ferramenta histórica razoável para posicionar um período recente de vida na Terra.

3. Uma criação recente de seis dias é coerente com os conceitos bíblico-teológicos da onipotênica divina, justiça e amor. A “desilusão” de Darwin com a noção de um Deus justo e amoroso foi baseada em sua rejeição (e aparente mal-entendido) da teodicéia clássica que atribui a situação atual do nosso planeta ao abuso da liberdade da escolha.15 Mas se Deus não é de fato apenas onipotente, mas também amoroso e justo, então é perfeitamente razoável que Ele iria criar e organizar a vida neste planeta em um processo curto, inofensivo e ordeiro, porque qualquer outra coisa, como a progressão violenta da vida durante longos períodos descritos pela teoria da evolução é repugnante para Sua natureza.

Evidências de estudos científicos
1.
A razoabilidade de uma criação recente em seis dias é evidente a partir de séculos de debate entre a ciência e o cristianismo. A hipótese de uma longa história de vida na Terra surge dos conceitos uniformistas da geologia e da evolução biológica dos séculos XVIII e XIX de uma fonte comum baseada em probabilidades percebidas e seleção natural.16 Roth, porém, mostra como os recentes desenvolvimentos na ciência tem cada vez mais desafiado o uniformitarianismo a favor do catastrofismo global, observando que o ponto de partida começou com as observações de fenômenos globais como a produção de correntes de desordem produzindo deposição rápida. Ainda mais revelador é o surgimento recente das teorias que explicam a extinção dos dinossauros por meio de uma catástrofe global como resultado de um asteróide ou cometa.17 O surgimento do neocatastrofismo, que adiciona ainda mais apoio à enxurrada de modelos que explicam os depósitos geológicos em termos de evolução rápida e recente, tem dado um apoio adicional para uma criação recente.18

2. A evolução biológica ainda tem encontrado desafios significativos em seus próprios proponentes. Curiosamente, cientistas como Stephen Gould e Niles Eldredge têm promulgado o conceito de equilíbrio pontuado, a fim de explicar a falta de evidência de fósseis de transição.19 Além disso, Michael Denton, numa base puramente científica, desafiou a validade dos evolucionistas argumentando a partir da paleontologia até à biologia molecular.20

Concluindo, a teoria da evolução está longe de ser um fato provado, abrindo espaço para o relato bíblico da criação como uma alternativa razoável.21

Gheorghe Razmerita tem doutorado em Teologia pelo Instituto Adventista Internacional de Estudos Avançados nas Filipinas. É professor de Teologia e História da Igreja na Universidade Adventista da África, Nairobi, Quênia. E-mail: grazmerita@gmail.com

Este artigo foi publicado originalmente em Reflexões, um boletim informativo do Instituto de Pesquisa Bíblica.

Referências
1. Cf. Leonard Brand e David C. Jarnes. Beginnings: Are Science and Scripture Partners in the Search for Origins? Nampa, ID: Publicadora Pacific Press Assn., 2005. p. 25, 27. Também Norman Gulley. “Basic Issues between Science and Scripture: Theological Implications of Alternative Models and the Necessary Basis for the Sabbath in Genesis 1-2” in Journal of the Adventist Theological Society, 2003, 14: 195-228, esp. 203, 204. (Hereafter JATS).
2. Ver também Norman Geisler. “Faith and Reason” in Baker Encyclopedia of Christian Apologetics. Grand Rapids, MI: Baker. p. 239-243.
3. Brand e Jarnes, p. 30-32.
4. Justo Gonzalez. Essential Theological Terms. Louisville, KY: Westminster John Knox, 2005. p. 42.
5. Ariel Roth. Origins: Linking Science and Scripture. Hagerstown, MD: Publicadora Review and Herald Assn., 1998. p. 316; Richard Davidson. “In the Beginning: How to Interpret Genesis 1” in Diálogo 6 (1994) 3:9-12.
6. James Gibson. “Issues in ‘Intermediate’ Models of Origins” in JATS 15, 2004, p. 74, 75; Roth, p. 341, 342.
7. Roth, p. 316-318, 340, 341. Eruditos adventistas continuam a debater a existência de uma “teoria do intervalo” entre Gen. 1:1 e 1:2. Marco Terreros. “What Is an Adventist? Someone Who Upholds Creation” in JATS, 1996, 7:147-149, aceita a teoria do intervalo apenas na teoria, mas tem reservas teológicas, argumentando que a teoria é imposta pela ciência e que não há necessidade de lacunas na criação de Deus. No entanto, de acordo com Richard M. Davidson. “The Biblical Account of Origins” in JATS, 2003, 14:5-10, Gen. 1:1 deve ser traduzido como uma cláusula independente, que, então, não exclui a teoria do intervalo para a qual ele se inclina, sem ser dogmático (Ibid., p. 19-25).
8. Brand e Jarnes, p. 30-32, 27.
9. Lamech Liyayo (autor do livro Ted Peters’Proleptic Theory of the Creation of Humankind in God’s Image: Critical Evaluation. Silang, Cavite, Philippines: Instituto Adventista International de Estudos Avançados, 1998) observa que Peters aceita a possibilidade de uma histórica segunda vinda de Cristo, mas rejeita como não-histórica o relato da criação de Gênesis, apesar de ambos pertencerem à mesma Escritura; ver também, Gulley, p. 213. Randall W. Younker. “Consequences of Moving Away from a Recent Six-Day Creation” in JATS 15, 2004, p. 64, 65, afirma que para os eruditos “Neoevangélicos” (que reinterpretam Gênesis em uma maneira não-literal ) “para ser coerente, eles devem também negar um histórico período patriarcal (Abraão), a Estadia (Israel no Egito), o Êxodo (Mar Vermelho), Monte Sinai (Os Dez Mandamentos – o Sábado), a Conquista (Jericó), e provavelmente a existência da Monarquia (Salomão e Davi), até mesmo a ressurreição de Cristo poderia ser negada”.
10. Davidson, p. 10-19; ver também Gerhard F. Hasel. “The ‘Days’ of Creation in Genesis 1: Literal ‘Days’ or Figurative ‘Periods’/’Epochs’ of Time?” in Origins 21, 1994, p. 5-38; Jacques Doukhan. “The Genesis Creation Story: Text, Issues, and Truth” in Origins 55, 2004, p. 12-33.
11. Ver Gulley, p. 212-216, 221-224.
12. Para uma descrição desses modelos, veja Gibson. “Issues”, p. 73-87; Roth, p. 342-344.
13. Ver B. B. Warfield. “On the Antiquity and the Unity of the Human Race” in Biblical and Theological Studies. Filadélfia: The Presbyterian & Reformed Pub., 1968. p. 240, 241.
14. Davidson, p. 26; ver também G. Hasel. “Genesis 5 and 11: Chronogenealogies in the Biblical History of Beginnings” in Origins 7, 1980, p. 23-37.
15. Ver Nigel M. de S. Cameron. Evolution and the Authority of the Bible. Exeter, U.K.: Paternoster, 1983. p. 50-63. Sobre os problemas de Darwin com o projeto, veja Charles Darwin em Asa Gray, 22 May 1860, em Francis Darwin (ed). The Life and Letters of Charles Darwin. New York: Appleton, 1905 (2:105), citado em Neil Messer. Selfish Genes and Christian Ethics; Theological and Ethical Reflections on Evolutionary Biology. Londres: SCM, 2007. p. 39.
16. Roth, p. 197, 198.
17. Ibid., p. 199, 200; ver também. L. James Gibson. “Contributions to Creation Theory from the Study of Nature” in JATS 14, 2003. p. 147; Harold G. Coffin, Robert H. Brown e R. James Gibson. Origin by Design. Hagerstown, MD: Publicadora Review and Herald. Assn., 2005. p. 394.
18. Ibid., p. 200-230; ver também, Coffin. Origin by Design. p.37-43, 72-103, 183-194.
19. The Columbia Encyclopedia (6th e.; s.v. “Gould, Stephen Jay”). Embora a ideia do equilíbrio pontuado tenha sido introduzida anteriormente, ela tornou-se altamente influente com a publicação do proeminente artigo por Niles Eldredge e Stephen Jay Gould, “Puntuated Equilibria: An Alternative to Phyletic Gradualism” (em T. J. M. Schopf (ed.). Models in Paleobiology. São Francisco: Freeman Cooper, 1972. p. 82-115, esp. 85-90), citado em 26 de agosto de 2009, http://www.blackwellpublishing.com/ridley.classictexts/eldredge.pdf. Ver também: Coffin. Origin by Design. p. 258-271.
20. Michael Denton. Evolution: A Theory in Crisis, 3d rev. ed. Bethesda, MD: Adler & Adler, 1986.
21. Ver Roth, p. 332, 333; Jonathan Wells. Icons of Evolution: Science or Myth? Washington, DC: Regnery, 2000. Coffin. Origin by Design. p. 393, 394. Bert Thompson. Creation Compromises. 2d ed. Montgomery, AL: Apologetics, 2000. p. 50-71. Citado em 25 de agosto de 2009 (Disponível em: http://www.apologeticspress.org/pdfs/e-books_pdf/cre_comp.pdf).
Fonte: Blog Sétimo Dia

Peguntas Frequentes Sobre a Arca de Noé Respondidas !

1. A arca de Noé foi encontrada?
Não. Várias expedições buscaram encontrá-la, mas sem sucesso. Algumas formações rochosas com “forma de barco” foram encontradas na área do Ararat, mas não há nada especial com relação a elas. Há numerosos relatos de pessoas que dizem ter visto a arca, mas não há evidências para apoiar estes relatos. Parece pouco provável que a arca venha a ser encontrada. Deve-se rejeitar as afirmações de que a arca foi encontrada, mas que é necessário mais dinheiro para obter as provas. Se a arca fosse realmente descoberta, os meios de comunicação iriam assegurar que todos soubessem disso rapidamente.

2. Como todos os milhões de espécies de animais poderiam caber na arca?
Não poderiam. A arca foi projetada para incluir apenas vertebrados terrestres — aqueles que caminham sobre a terra e respiram através de narinas (Gênesis 7:22). Isso não inclui animais marinhos, vermes, insetos e plantas. Há menos de 350 famílias de vertebrados terrestres vivos. A maioria destes são do tamanho de um gato doméstico ou menor. Se cada família taxonômica estivesse representada na arca por um par de espécimes, e com as poucas famílias “limpas” representadas por sete pares, a arca deveria conter menos do que 1000 indivíduos. A arca poderia provavelmente acomodar dez vezes este número (1). A questão de espaço para os animais na arca não é um problema difícil.
3. É razoável supor que cada família taxonômica poderia ser representada por um único par ancestral na arca? Isto não irá exigir taxas evolutivas absurdas após o dilúvio?
Algumas famílias taxonômicas podem ser grupos que representam mais do que um par de espécimes ancestrais. Entretanto, um par pode ter sido suficiente na maioria dos casos. Sabe-se que algumas espécies atuais possuem suficiente variabilidade genética para produzir variações morfológicas equivalentes a gêneros diferentes (2). As taxas de mudança morfológica podem depender do grau de isolamento genético, da quantidade de stress ambiental e também do tempo (3).

4. O que se pode dizer sobre alimentação, água e saneamento para todos aqueles animais?
Estas questões não são discutidas na Bíblia. A água da chuva poderia estar disponível, tornando o armazenamento de água desnecessário. O alimento foi aparentemente guardado na arca (Gênesis 6:21-22). O Deus que revelou a vinda do dilúvio, instruiu Noé sobre como preparar a arca e dirigiu os animais para a arca, certamente cuidou da “logística” necessária para o cuidado deles.

5. O que se pode dizer sobre animais com alimento muito específico, tais como o coala que requer folhas de eucalipto?
Não sabemos se os coalas foram sempre restritos a folhas de eucalipto, ou se sua dieta mudou. Nem mesmo sabemos se os coalas existiram antes do dilúvio, ou se eles se diferenciaram a partir de um ancestral que tenha sido preservado durante o dilúvio. Possivelmente não haja um meio de obter a resposta.

6. Como os animais puderam encontrar seu caminho a partir da arca até a América do Sul ou a Austrália?
Não sabemos, mas parece provável que os animais foram dirigidos de forma sobrenatural para ir para a arca, e de novo para se dispersar a partir da arca. Isto pode ter sido obtido pela implantação de um impulso instintivo para migrar, ou pode ter sido através da ação direta de anjos. Alguns podem objetar sobre a invocação de atividade sobrenatural, mas esta é inerente a toda a história do dilúvio. Atividades sobrenaturais não implicam necessariamente violação de leis naturais, mas sim que os eventos foram dirigidos por seres de inteligência superior.

7. Que problemas não resolvidos sobre a arca de Noé são de maior preocupação?
Quantas espécies diferentes de animais foram salvas na arca de Noé, e quais são seus descendentes? Como os vertebrados terrestres se espalharam da arca até sua atual distribuição?

Notas para as perguntas sobre a arca:

1. Para uma discussão criacionista sobre o espaço na arca, ver: Wodmorappe J. 1994. “The biota and logistics of Noah’s ark”. In Walsh R. E, editor, Proceedings of the Third International Conference on Creationism, July 18-23, 1994. Pittsburgh, PA: Creation Science Fellowship, p 623-631.
2. (a) Wayne R. K. 1986. “Cranial morphology of domestic and wild canids: the influence of development on morphological change”. Evolution 40:243-261; (b) Ver também as perguntas feitas sobre mudanças nas espécies.
3. Parsons P. A. 1988. “Evolutionary rates: effects of stress upon recombination”. Biological Journal of the Linnean Society 35:49-68.

Fonte: Sociedade Criacionista Brasileira